A partir de 8 de janeiro de 2025, os brasileiros que desejarem visitar o Reino Unido precisarão obter a Autorização Eletrônica de Viagem, o chamado ETA, um documento que visa simplificar o processo de entrada na região.
Em entrevista, Priscila Moraes, diretora do Visit Britain no Brasil, explicou as mudanças que o novo sistema trará tanto para os viajantes quanto para os agentes de viagens, além de detalhar o impacto esperado na experiência de imigração.
Priscila destaca que o ETA não é um visto, mas sim uma autorização prévia que os turistas deverão solicitar antes da viagem.
“O ETA é um procedimento que já está sendo estudado pela União Europeia e já é aplicado em outros países fora da região, como o Canadá, por exemplo. Exatamente por isso, para o agente de viagens, não é uma novidade. Isso já existe no mercado, e a grande mudança esperada é que esse sistema facilite e agilize o processo de entrada na imigração britânica”
Priscila Moraes
Ela reforça que, com a implementação do sistema de entrada, parte das informações necessárias para a imigração já estará disponível antecipadamente, o que deve reduzir o tempo de espera nos aeroportos.
Atualmente, a imigração britânica é conhecida por exigir paciência dos viajantes, com tempos de espera que podem ser longos, especialmente em períodos de alta temporada.
A expectativa com o ETA é de que o processo seja mais eficiente, já que metade das informações dos passageiros já estará registrada antes de sua chegada ao Reino Unido.
Segundo acredita a diretora do Visit Britain, essa antecipação é uma das grandes vantagens do novo sistema. “A partir do momento que você tem um ETA, muitas informações já foram passadas anteriormente, o que tende a acelerar o processo de entrada”, explicou.
Tudo on-line
Para os brasileiros, a solicitação da ETA será feita de maneira totalmente on-line, com um processo descrito como rápido e intuitivo. “O site que o governo britânico desenvolveu é muito claro, muito fácil de usar. O formulário é simples, e todo o procedimento pode ser feito em menos de 20 minutos”, pontua Priscila.
Ela ainda mencionou que os viajantes que visitaram o Reino Unido durante a pandemia já estão familiarizados com um processo semelhante, quando era necessário preencher formulários on-line para entrar naquele país. “Quem passou por isso naquela época vai perceber que não há muita diferença”, comentou.
O custo para emissão da ETA será de 10 libras (cerca de R$ 72), e o documento permitirá múltiplas entradas no Reino Unido por um período de até dois anos, desde que o viajante permaneça naquele país por até seis meses em cada visita.
A autorização estará vinculada ao passaporte do solicitante, o que significa que não será necessário levar uma cópia física, embora seja recomendado que o viajante tenha acesso à confirmação por e-mail em casos excepcionais.
Apesar da simplicidade do processo, Priscila alerta que erros na solicitação podem causar atrasos ou até a rejeição do pedido. “É importante que o viajante ou o agente de viagens preencha as informações com precisão e siga todas as orientações. Informações incorretas podem gerar problemas e atrasar a emissão da autorização”, disse.
Caso a ETA seja negada, o solicitante terá a opção de reaplicar ou, em último caso, solicitar um visto tradicional, embora esse processo seja mais longo e complexo.
ETA: Autorização eletrônica de Viagem
Exigido a partir de 8 de janeiro de 2025
Solicitações a partir de 27/nov
- 1ª Fase: Oriente Médio (em vigor)
- 2ª Fase: 49 países (Brasil, EUA, Canadá)
- 3ª Fase: Europa (exigido em 2 de abril)
O ETA custa £10 e é 100% digital
- Preenchimento online ou via app
- Vale para múltiplas viagens, pelo período de 2 anos (ou até passaporte expirar)
- Agiliza o processo na imigração britânica
Fonte Panrotas
Foto: Canva