Se você está planejando uma viagem internacional e precisa levar seus medicamentos na bagagem, é importante saber: em muitos países, a entrada com certos remédios — mesmo os comuns no Brasil, como analgésicos e antidepressivos — é cercada por regras rígidas. Alguns exigem receita médica, outros pedem autorização prévia, e há lugares onde determinadas substâncias são totalmente proibidas.
Levar o remédio errado ou sem a documentação necessária pode causar sérios problemas na chegada, como retenção do produto, multas e até detenção. Para ajudar você a evitar imprevistos, este informativo apresenta os 10 países com as leis mais severas sobre entrada de medicamentos, com orientações claras sobre o que pode ou não levar na mala.
Informe-se antes de embarcar e garanta uma viagem tranquila e segura!
1 – Japão
- Proíbe variados medicamentos comuns, incluindo pseudoefedrina (comum em descongestionantes), Adderall, Vicks, sob pena de detenção imediata
- Permite apenas 30 dias de uso com receita. Mais que isso requer o certificado de importação Yunyu Kakunin‑sho
2 – Arábia Saudita
- Rigor na importação de substâncias controladas. Exige permissão oficial (autorização do Ministério da Saúde) e tradução árabe
- Possuir quantidades pequenas pode levar à pena de morte
3 – Emirados Árabes Unidos
- Incluem tramadol, codeína e ansiolíticos como substâncias controladas
- Há multa alta e detenção (até seis meses) sem a aprovação prévia do Ministério da Saúde
4 – Singapura
- Restringe codeína, tramadol, benzodiazepínicos. Permitido apenas com aprovação da HSA (Autoridade de Ciências da Saúde)
- Possuir qualquer quantidade pode levar a até 10 anos de prisão e multa
5 – China
- Opioides e alguns antidepressivos só entram com licença de importação
- Lista de só 3 substâncias proibidas (tramadol, pseudoefedrina e dextrometorfano (DXM) em forma isolada), mas rigor no cumprimento
6 – Tailândia
- Codeína, tramadol e alguns antibióticos são restritos. Importação acima de 30 dias exige licença da FDA (Food and Drug Administration) tailandesa
- Substâncias psicotrópicas de Categoria I (potencial severo de dependência, com pouco ou nenhum uso terapêutico aceitos) são totalmente proibidas
7 – Turquia
- Aplica o template da INCB (International Narcotics Control Board), mas não segue o limite padrão de 30 dias
- Exige que medicamentos controlados sejam apresentados na alfândega
8 – França
- Usa modelo INCB com limite padrão de 30 dias. Receita válida é obrigatória
- Medicamentos listados como proibidos (ex: codeína forte) precisam de autorização especial
9 – Alemanha
- Aplica modelo INCB, limite de 30 dias, com receita obrigatória
- Suplementos e vitaminas mais fortes podem ser negados, mesmo para uso pessoal
10 – Egito
- Substâncias como tramadol são proibidas sem permissão prévia do Ministério da Saúde
- Antidepressivos podem ser confundidos com entorpecentes
- Casos de prisão por quantidade pessoal já foram registrados
Outros exemplos incluem a Indonésia, onde Rivotril e similares são considerados narcóticos; o Qatar, onde tranquilizantes necessitam de autorização prévia; a Malásia, onde medicamentos controlados devem ser declarados com laudo médico; e a Índia, onde determinadas medicações só entram com receita legalizada e traduzida.
De uma forma geral, são dicas práticas para viajantes:
- Sempre transporte menos de 30 dias de remédio controlado sem permissão extra (regra padrão em muitos países)
- Leve receita médica original em inglês e, de preferência, traduzida para a língua local do destino
- Consulte embaixadas ou autoridades sanitárias do país de destino com antecedência, para checar a necessidade de obter licenças específicas antes da viagem
*Informações obtidas a partir de consultas a sites oficiais realizadas no mês de Junho/2025. Sempre busque dados atualizados na ocasião da sua viagem.