Coronavírus: qual a chance de contágio em um voo?

1 dez 2020 | Notícias

No início de outubro, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata – International Air Transport Association) divulgou um relatório que mostra quantas pessoas foram infectadas pela Covid-19 em uma viagem de avião desde o início do ano. Os números foram surpreendentes: de 1,2 bilhão de passageiros que voaram a partir de janeiro, apenas 44 casos associados à viagem foram relatados.

Segundo David Powell, conselheiro médico da Iata, o risco de um passageiro contrair a Covid-19 num voo parece muito baixo. “Com apenas 44 casos potenciais identificados entre 1,2 bilhão de viajantes, isso significa um caso para cada 27 milhões de viajantes. Mesmo se 90% dos casos não fossem relatados, seria um caso para cada 2,7 milhões de viajantes.”

Os dados são de uma pesquisa realizada em conjunto pela Airbus, Boeing e Embraer, onde cada uma das empresas simulou como os sistemas de fluxo de ar da aeronave controlam o movimento das partículas na cabine.

O resultado das simulações mostrou alguns fatores que limitariam a propagação de vírus:

  • O encosto do assento atua como uma barreira física, evitando o movimento do ar de uma fileira para outra.
  • Uma alta taxa de ar fresco entra na cabine. O ar é trocado de 20 a 30 vezes por hora a bordo na maioria das aeronaves. Nos escritórios, a média é de 2 a 3 vezes por hora e nas escolas, de 10-15 a vezes por hora.
  • São usados filtros de ar de alta eficiência (HEPA) com mais de 99,9% de taxa de eficiência na remoção de bactérias/vírus, garantindo que o ar que entra na cabine não seja uma via de penetração de micróbios.

Ainda segundo o relatório, 86% das pessoas que viajaram a partir de junho se mostraram seguras com as medidas de combate à Covid-19.

“Não existe uma solução única que permitirá viver e viajar com segurança na era da Covid-19. Nada é 100% livre de riscos. Mas com apenas 44 casos publicados de potencial transmissão da Covdi-19 a bordo entre 1,2 bilhão de viajantes, o risco de contrair o vírus a bordo parece ser igual ao risco de ser atingido por um raio”, concluiu Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da Iata.

Vale lembrar que o uso de máscara a bordo foi recomendado pela Iata em junho, e que o uso dela atua como uma proteção extra, aumentando a segurança ao se sentar próximo a outro passageiro na cabine.

FONTE: PORTAL VIAGEM E TURISMO


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