O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou no final de maio que a redução do número de voos no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, acontecerá a partir do segundo semestre desse ano.
A Infraero, responsável por administrar os aeroportos brasileiros, espera conseguir reduzir o número de voos a partir de julho.
O objetivo da manobra é equilibrar a operação do aeroporto do Centro com o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador. De acordo com o ministro, a redução do fluxo de aeronaves no Santos Dumont vai ocorrer de forma escalonada, para não prejudicar os passageiros que já compraram passagens.
A medida já havia sido anunciada em abril, quando o ministro determinou que a operação no Santos Dumont não ultrapasse os 10 milhões de passageiros nesse ano de 2023. A ideia agora é não ultrapassar o total de 9 milhões de passageiros por ano.
O novo limite imposto pelo ministro é uma estratégia para tentar aumentar o número de voos no Galeão, que registrou queda de 65% na movimentação de passageiros nos últimos oito anos.
Desequilíbrio e prejuízo
O desequilíbrio no número de voos dos dois principais aeroportos do Rio de Janeiro vem gerando prejuízos para o município e o estado do Rio de Janeiro.
Enquanto o maior deles, o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, vem perdendo passageiros a cada ano, o Aeroporto Santos Dumont, no Centro, está operando no limite de sua capacidade e provocando atrasos e filas enormes.
Em 2014, no primeiro ano de administração privada do Galeão, o total de passageiros embarcando e desembarcando no aeroporto chegou a 17 milhões. Já em 2022, a empresa registrou a presença de 5,9 milhões de passageiros no aeroporto.
Por outro lado, o Santos Dumont, com mais de 10 milhões de passageiros em 2022, vem apresentando problemas como longas filas, falta de pontualidade e cancelamentos de voos, o que também gera prejuízo e desconforto para quem frequenta o terminal.
Em 2022, um estudo divulgado pela Firjan mostrou que é preciso haver uma melhor distribuição e coordenação de voos domésticos entre o Galeão e o Santos Dumont, o que poderia injetar R$ 4,5 bilhões na economia do estado todo ano.
Fonte: G1
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