A exigência do visto de turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália para entrar no Brasil foi adiada para 10 de abril de 2024. A obrigatoriedade de apresentação do documento para ingressar no País entraria em vigor na última segunda-feira (8), mas, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi prorrogada.
De acordo com o ministro do Turismo, Celso Sabino, a ordem acontece devido à instabilidade da plataforma que emite os vistos eletrônicos para estes viajantes. Agora, segundo ele, o governo federal terá mais três meses para trabalhar com previsibilidade para entregar um sistema que funcione de forma eficiente e rápida para a emissão dos documentos.
A medida já está no Diário Oficial da União e é válida a partir da data de chegada em solo brasileiro. Ou seja, turistas que chegarem até o dia 9 de abril não precisarão apresentar o visto.
Custo do visto é um impacto
O tema vem sendo bastante debatido no setor de Turismo e entre as autoridades políticas, como os Ministérios do Turismo, de Portos e Aeroportos e de Relações Exteriores, além da Embratur.
Por meio do portal de dados da Embratur, disponível no site da agência, é possível ver um aumento relevante no número de visitantes provenientes dos Estados Unidos em 2023, quando não havia a exigência do visto, em relação a 2018 e 2019, quando o documento era obrigatório.
De janeiro a outubro de 2018, 433,6 mil viajantes dos EUA estiveram no Brasil. No mesmo período, agora em 2019, foram 468,3 mil. Já em 2023, sem a necessidade de apresentar um documento para entrar no País e com as viagens retomadas após três anos de pandemia, e, também de janeiro a outubro (os dados de novembro e dezembro ainda não estão disponíveis), 530,7 mil turistas norte-americanos estiveram em solo brasileiro.
Houve um crescimento de 13% dos visitantes dos Estados Unidos no Brasil de 2019 em comparação a 2023. Os EUA são o segundo mercado mais importante para o País. Em comparação, outras nacionalidades, como Argentina e países da Europa, o número de visitantes caiu, com somente os EUA crescendo. E o custo do visto e os trâmites para emiti-lo — como um sistema que não funciona — podem ser uma barreira para continuar trazendo este viajante para cá.
Fonte: Panrotas
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