Embarque de pets: dicas de ouro para evitar imprevistos

12 jan 2023 | Blog

Viajar com animais de estimação não é tarefa simples. Há quem compare, inclusive, a viajar com crianças pequenas, tamanho o planejamento que requer. Se a viagem for de avião então… somam-se aos cuidados normais alguma burocracia e regras que variam entre as companhias aéreas, já que não existe legislação específica sobre o tema.

Neste artigo abordaremos as principais dicas para facilitar essa missão, lembrando que a ATBT está à disposição para auxiliar nas principais etapas.

Levar ou não levar, eis a questão

Antes de mais nada, é preciso ponderar se a viagem é realmente necessária, uma vez que os voos costumam causar muita angústia e até pânico para cães e gatos, principalmente para os de médio e grande porte, que não podem ser transportados junto aos seus tutores. Viajar nos porões das aeronaves, dentro de caixas de transporte e sofrendo as drásticas mudanças de pressão pode ser muito assustador e até mesmo perigoso para a saúde, em alguns casos.

Os animais braquicefálicos – que possuem focinho achatado, como gatos persas e cães das raças pug, buldogue, shih tzu, boxer, dentre outras – muitas vezes são inclusive proibidos de embarcar, devido ao risco de paradas respiratórias ou cardíacas, desencadeadas pelo estresse e pela variação de pressão atmosférica.

Preparativos

Sendo a viagem inevitável, a primeira providência é viabilizar a melhor logística para que o transporte do pet seja uma experiência positiva para ele. Isso inclui pesquisar dentre as companhias aéreas qual possui uma política de transporte de animais que seja mais agradável.

Há empresas por exemplo que permitem que pets de até cinco quilos viagem embaixo das poltronas de seus tutores, o que é uma ótima opção. Existem companhias aéreas que indicam que o animal seja sedado 30 (trinta) minutos antes do embarque, para garantir a segurança e a tranquilidade durante o voo, o que é contra-indicado por veterinários. Em geral prescreve-se, no máximo, um ansiolítico, e remédios para enjoos.

Escolhida a empresa e comprada a passagem, é recomendável que até o dia da viagem o animal seja habituado à situação que encontrará no voo, o que significa ser familiarizado com a caixa de transporte. Algumas dicas para isso são:

  • Deixar a caixa sempre à vista e aberta;
  • Oferecer petiscos dentro da caixa e afagar o pet quando ele entrar;
  • Fazer passeios de carro com o bichinho dentro da caixa, aumentando o tempo gradativamente;
  • Nunca forçar o pet a entrar na caixa.

A dimensão da caixa de transporte também é muito importante. O animal precisa se sentir confortável naquele espaço, sendo possível ficar de pé, fazer um círculo de 360°, se movimentar e se esticar normalmente.

Documentação necessária

Outra preparação indispensável é a burocrática. Apesar de não haver no Brasil uma legislação específica para transporte de pets em aviões, alguns documentos são requeridos por padrão antes da viagem, por determinação da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC – e da Vigilância Agropecuária.

Para viagens nacionais, será necessário apresentar:

  • Atestado de saúde emitido por médico veterinário, comprovando a aptidão do animal para viajar;
  • Carteira de vacinação contendo a vacina antirrábica, aplicada há mais de 30 (trinta) dias e válida por 1 (um) ano.

Para viagens internacionais:

  • Carteira de vacinação atualizada;
  • Certificado Veterinário Internacional (CVI);
  • Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos.

Estes dois últimos documentos são expedidos por Autoridades Fiscais Federais Agropecuárias das unidades de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO). Outras demandas podem ser colocadas e variam de acordo com a companhia aérea e com o local de destino.

Lembrando que cada país tem requisitos específicos para autorizar o ingresso de cães e gatos no seu território, motivo pelo qual é importante planejar a viagem do animal com bastante antecedência, a fim de que haja tempo suficiente para se informar junto às Embaixadas/Consulados e cumprir as exigências, o que às vezes pode requerer alguns meses. Há países, por exemplo, que pedem que os pets sejam microchipados, com o objetivo de facilitar a sua identificação, e isso não se faz de um dia para o outro.

Por fim, via de regra é cobrado um seguro para o transporte de pets, correspondente ao peso do animal e de sua respectiva caixa de transporte, exceção feita aos cães-guia que acompanham passageiros com deficiência, transportados gratuitamente.


Andressa Sattler é agente de viagens corporativas, formada em Turismo e Hotelaria. Atuante na área há 11 anos.

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