As mulheres que viajam a trabalho representam mais de 40% dos viajantes corporativos das empresas, e este número vem aumentando desde 2020, quando foi divulgada a última pesquisa. Muitas executivas conciliam suas carreiras com a maternidade, e a fase da gravidez gera dúvidas sobre a segurança das viagens aéreas para a mãe e para o bebê.
Em primeiro lugar, já faz tempo que a associação entre gestação e doença foi desmistificada, motivo pelo qual podemos afirmar, com tranquilidade, que se a gravidez estiver transcorrendo dentro da normalidade, a gestante poderá viajar de avião até a 36° semana – ou seja, 7 meses – sem qualquer problema. A maioria das companhias aéreas permite o embarque até esse período sem exigência de atestado médico. De toda forma, recomendamos a confirmação prévia das regras vigentes junto à cia ou à agência de viagens.
É também aconselhável que a gestante solicite assentos próximos às asas da aeronave ou na parte da frente, pois dessa forma sentirá menos o movimento do avião. O cinto de segurança deverá ser usado abaixo da barriga e as roupas e sapatos devem ser confortáveis. É normal que os pés da gestante inchem durante o voo, bem como aconteçam desconfortos nos momentos de decolagem e/ou aterrisagem, devido à mudança na pressão atmosférica sobre a aeronave. Enjoos, dores de cabeça e sensação de ouvidos tapados podem ocorrer, mas não representam qualquer perigo.
Atenção especial:
- Mulheres com dores ou sangramento antes do embarque, NÃO devem viajar.
- Evite viagens longas, principalmente em casos de partos anteriores prematuros.
- A partir da 36° semana, a gestante necessita da declaração do seu médico autorizando o voo. Em casos de gestações múltiplas, o atestado é exigido após a 32° semana.
- A partir da 38° semana, a gestante só pode embarcar acompanhada de seu médico responsável.
- Gestações ectópicas – quando o embrião se fixa fora do útero – são contraindicadas para viagens aéreas.
- Não há restrições de voo para a mamãe no pós-parto normal, mesmo no pós-parto imediato.
O bebê nasceu, como viajar com recém-nascido?
O indicado é que se aguarde pelo menos uma ou duas semanas de vida até a viagem. Esse prazo assegura a ausência de doenças, congênitas ou não, que possam prejudicar o bebê no voo. Boa viagem!
Andressa Sattler é agente de viagens corporativas, formada em Turismo e Hotelaria. Atuante na área há 11 anos.
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